Versão final do padrão aprovado para Soja Responsável

* Assessoria de Imprensa RTRS

No começo do próximo ano, o mundo poderá consumir soja responsável. Essa possibilidade se tornou realidade graças à aprovação do Padrão RTRS para Soja Responsável, na última Quinta-Feira, 10 de junho, em São Paulo (Brasil). Depois do encerramento da Quinta Conferência Internacional sobre Soja Responsável, os membros da RTRS (Round Table on Responsible Soy Association) –Produtores, representantes da Indústria e da Sociedade Civil- se reuniram em Assembléia Geral para votar a versão final dos Princípios e Critérios para Soja Responsável. Essa versão é o resultado do trabalho feito desde 2007 por inúmeros especialistas do mundo inteiro que trabalham dentro da RTRS.

O documento oferece orientações para a produção de soja responsável para um desenvolvimento sustentável. A conformidade legal e as boas práticas de negócios, as condições trabalhistas responsáveis, as relações responsáveis com a comunidade, a responsabilidade ambiental e as boas práticas agrícolas são os requisitos básicos do documento para obter a certificação.

Esse novo padrão será lançado agora no mercado para os produtores interessados em obter a certificação. Isso significa que, para a próxima safra, se os produtores aderirem às novas diretrizes, eles ficarão em condições de anunciar que estão produzindo soja responsável.

A conferência também trouxe uma nova perspectiva para produtores e partes interessadas na cadeia de valor dessa lavoura. Os painéis da conferência ofereceram exemplos de iniciativas que promovem a conservação do ambiente e houve debates sobre políticas para promover o conceito de gestão sustentável.

“A reunião de múltiplas partes (Produtores, Indústria e Sociedade Civil) pode gerar uma nova realidade. É possível produzir soja responsável conforme aos Princípios e Critérios da RTRS. Nesse evento foram aprendidas lições importantes”, comentou Jeroen Douglas, Presidente da RTRS.

Um dos destaques da conferência foi a discussão sobre biocombustíveis a base de soja. "Aqueles interessados no segmento dos biocombustíveis tiveram a oportunidade de informar-se acerca de importantes novidades como as novas regras implantadas pela Diretiva sobre Energias Renováveis da União Européia (EU-RED) que fixam critérios ambientais", adicionou Christopher Wells, Tesoureiro da RTRS.

A criação de pagamentos por serviços ambientais também surgiu como questão relevante. “Existem muitas formas de compensação para agricultores comprometidos com essa questão e a RTRS deseja disponibilizar esses benefícios para seus membros”, disse Miguel Hernández, Secretário Executivo da RTRS, citando o que foi comentado pelos painéis que debateram acerca do uso de créditos de carbono e de outros sistemas para compensar os elos que fazem parte da cadeia da soja.

Outro ponto importante da reunião foi a apresentação dos resultados das provas de campo feitas no Brasil, Índia, Argentina, Estados Unidos e Paraguai. Vários produtores compartilharam sua experiência derivada de cumprir com os Princípios e Critérios da RTRS.